Quando um mineral é quelato, isso quer dizer que ele foi ligado a um aminoácido. Ou seja, quelar uma substância significa que essa, recebeu uma proteção em seu entorno. Geralmente, o magnésio é quelato para garantir sua absorção e consequente biodisponibilidade no organismo.

Os minerais em sua forma inorgânica, ou seja, não naturais (que não se fazem presentes em um alimento) dificilmente conseguem passar pelo intestino para enfim, chegarem a corrente sanguínea para posteriormente serem absorvidos por diferentes tecidos.

A quelação, fornece ao mineral um transporte ativo. Ou seja, facilita sua passagem pelo sítio de absorção intestinal, alcançando de modo mais fácil o sangue, para que seja distribuído para o organismo.

Quando quelato, o magnésio (e outros minerais), possuem quase 50% mais disponibilidade no organismo. Por isso, quelar um composto é importante.

Como o nome já sugere, o magnésio quelato é um suplemento mineral à base de magnésio, indicado para pessoas que não conseguem suprir suas necessidades diárias desse composto, somente através da ingestão alimentar.

Indivíduos diagnosticados com algum tipo de distúrbio gastrinstetinal, como síndrome do intestino irritável, colite ulcerativa, Doença de Crohn, azia, gastrite ou então algum problema renal que acelera o processo de excreção de fluídos biológicos, são indicados para o consumo desse suplemento.

O magnésio quelato é capaz de trazer uma série de benefícios ao organismo de seus consumidores. Dentre os principais deles estão:

• Potencialização do desempenho físico, uma vez que auxilia o processo de deposição de cálcio na musculatura, facilitando a contração muscular;


• Previne a osteoporose, pois participa da secreção de hormônios, que captam o cálcio de modo otimizado;


• Auxilia no controle do diabetes – uma vez que participa da produção, regulação e liberação de insulina na corrente sanguínea;


• Devido ao poder antioxidante do mineral, o uso do suplemento quelato diminui a incidência de placas de gordura nas artérias, diminuindo os ricos de desenvolvimento de doenças cardiovasculares, como infarto, aterosclerose e AVC;


• Diminui a azia e a má digestão;


• Age como um calmante natural, pois participa ativamente na produção de hormônios e neurotransmissores cerebrais, como endorfina e serotonina, podendo combater a ansiedade e até mesmo a depressão;


• Promove vasodilatação dos vasos sanguíneos, diminuindo assim os níveis de pressão arterial, sendo muito eficaz em pacientes com pressão alta.

Embora o magnésio seja um mineral importante para o bom funcionamento do organismo, sua falta ou seu excesso podem trazer alterações na saúde dos pacientes. Por isso, o consumo do mineral, deve ocorrer de modo controlado.

As recomendações diárias de magnésio variam de acordo com a idade e situação de saúde dos pacientes. Mostrarei a seguir quais são essas doses:

• Crianças de 0 a 6 meses – 30 mg diárias;


• Crianças de 7 a 12 meses – 75 mg diárias;


• Crianças de 1 a 3 anos de idade – 80 mg diárias;


• Crianças de 4 a 8 anos de idade – 130 mg diárias;


• Crianças de 9 a 13 anos de idade – 240 mg diárias;


• Adolescentes do sexo masculino entre 14 e 18 anos de idade – 410 mg diárias;


• Adolescentes do sexo feminino entre 14 e 18 anos de idade – 360 mg diárias;


• Homens – entre 400 a 450 mg diárias;


• Mulheres – 300 a 350 mg diárias;


• Grávidas – entre 350 a 500 mg diárias;


• Mulheres em período de amamentação – entre 300 e 400 mg diárias;


• Mulheres após a menopausa entre 350 e 450 mg diárias.

A falta de magnésio pode resultar em problemas de origem cerebral, alterações cardíacas, câimbras, dores de cabeça, fadiga excessiva, fraqueza, instabilidade emocional, ansiedade e depressão.

Já em casos de consumo excessivo do mineral, principalmente em sua forma quelata, pode culminar em alterações gastrointestinais, como diarreia, cólicas e empachamento, além de favorecer a ocorrência de alterações cardíacas, como taquicardia, por exemplo.

Sempre que comento do magnésio com minhas alunas, costumo falar bem desse importante mineral. Quando apresentei esse tipo de suplemento quelato, elas se mostraram bastante curiosas e me questionaram: Dr. Rocha, há contraindicações no uso do magnésio quelato?

Eu respondo que sim. Embora seu grau de naturalidade seja grande, o suplemento de magnésio quelato é contraindicado para crianças com idades menores do que 3 anos de idade, assim como para mulheres que estejam grávidas ou em período de amamentação.

Além disso, motoristas e pessoas que trabalham na operação de máquinas pesadas, são contraindicadas para uso do suplemento durante horário do trabalho, pois pode haver sensação de sonolência e tranquilidade.

A exemplo de outros suplementos de origem natural, os efeitos colaterais do uso de magnésio quelato só apareceram, quando sua utilização ocorreu de modo excessivo. Dentre os efeitos colaterais relatados estão:

• Alteração de funcionamento do intestino – favorecendo cólicas e diarreia;


• Diminuição da pressão arterial, uma vez que seu efeito vasodilatador pode se tornar potencializado quando consumido em excesso;


• Sonolência e tranquilidade exacerbadas;


• Quadros de hipoglicemia, uma vez que a insulina pode ser liberada e funcionar de modo excessivo, quando houver ingestão exagerada do composto.

fonte: https://drrocha.com.br/magnesio-quelato-%F0%9F%92%AA/